Dia Internacional da Mulher

Sílvia Rodrigues, estudante de Sociologia, estagiária de investigação do nascer.pt

No dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher. É uma data que celebra as conquista femininas ao longo da história e destaca a luta contínua pela igualdade de género. É um dia para refletir e para homenagear as mulheres de todo o mundo, reconhecer os seus direitos e os seus contributos para a sociedade ao longo da história, e sobre os desafios que ainda necessitam de ser enfrentados.

A história do Dia Internacional da Mulher remonta ao início do séc. XX, quando as mulheres de vários países tentaram lutar por melhores condições de trabalho e pelos seus direitos políticos, incluindo o direito ao voto, o direito à educação e o direito ao trabalho remunerado.

Em 1908, 15000 mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque incentivando melhores condições de trabalho e a igualdade de direitos.

Em 1910, a Conferência Internacional da Mulher acolheu o estabelecimento de um dia internacional para comemorar as lutas das mulheres. A data escolhida foi o dia 8 de março. Mas o Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, quando a ONU reconheceu oficialmente este dia.

As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorrem a partir de 1909, como um dia de luta pelos direitos das mulheres, de celebrações das conquistas femininas e dos desafios a serem enfrentados. Entre estes, está o de ser mãe. Apesar de ser uma experiência única e valiosa, a maternidade também pode ser uma fonte de desigualdades e de discriminações. As mães, muitas vezes, enfrentam dificuldades para conciliar as exigências do trabalho e da família, e frequentemente sofrem com a falta de apoio social e institucional.

Essas dificuldades são particularmente graves em países com sistemas de proteção social insuficientes, e em que o trabalho não remunerado das mulheres não é valorizado. Nessas sociedades, as mães são forçadas a escolher entre cuidar dos seus filhos e a trabalhar para os sustentar. Esse dilema é ainda mais acentuado quando se trata de mulheres solteiras, divorciadas ou viúvas, que muitas vezes têm de assumir sozinhas a responsabilidade de criar os seus filhos.

Para além disso, muitas mulheres ainda sofrem com as dificuldades no mercado de trabalho, o que torna difícil conciliar o papel de mãe com uma carreira profissional. Ainda é comum que as mulheres recebam menos que os homens, tenham menos oportunidades de promoção, e enfrentem preconceitos por serem mães. Essas desigualdades não são apenas sobre as mulheres, mas também sobre os seus filhos e a sociedade como um todo, porque limitam a capacidade das mulheres de contribuir plenamente para o desenvolvimento económico e social.

Apesar dos avanços dos últimos anos, ainda há muito para fazer para garantir a igualdade de género, pois a violência contra as mulheres, em várias esferas da sua vida, ainda é uma realidade assustadora.

Todavia, as mulheres estão mais unidas do que nunca para lutar pelos seus direitos e para mudar o mundo. A cada ano, cada vez mais mulheres se unem para lutar pelas mudanças nos sistemas políticos, sociais e psicológicos que perpetuam essas desigualdades.

Este Dia Internacional da Mulher é um dia para celebrar e apoiar as mulheres na sua luta continua pela igualdade de género. Juntas, podemos trabalhar para criar um mundo mais justo e igualitário para todas as pessoas, independentemente do género.

Portanto, o Dia Internacional da Mulher é uma ocasião para lembrar que ainda existe muito a ser feito, de forma a garantir a igualdade de género e o respeito pelos direitos das mulheres. A luta pela igualdade inclui a luta pela valorização da maternidade e pelo apoio às mães em todas as suas formas. A sociedade, como um todo, tem a responsabilidade de reconhecer e respeitar o trabalho das mães, garantindo-lhes os direitos e oportunidades necessárias para conciliar a maternidade com a vida profissional e pessoal enquanto mulheres.