Este projeto pretende compreender como é que as relações de poder e de colonialidade influenciam os cuidados de saúde materna tradicionais de mulheres indígenas e afrocolombiana na Colômbia. Procuramos perceber como é que os vários paradigmas de assistência ao nascimento interagem na contemporaneidade, e de que forma essa interação afeta as experiências e expectativas das mulheres. Numa primeira fase, analisam-se dados estatísticos secundários, explorando cruzamentos entre categorias étnicas e indicadores de saúde materna. Em seguida, a partir dos resultados desta análise, identificam-se dois departamentos (regiões) do país, para realizar etnografias comparadas em comunidades de maioria afrocolombiana e indígena. Com a recolha etnográfica, espera-se: conhecer os modelos de nascimento vigentes para as minorias étnicas em estudo e a sua relação com os cuidados de saúde biomédicos; e compreender o significado de ‘bem-estar’ para a maternidade destas mulheres, avaliando de forma crítica os indicadores existentes e propondo novos indicadores para avaliação.